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Síria é condenada no Conselho dos Direitos Humanos por violações

Síria é condenada no Conselho dos Direitos Humanos por violações

Resolução foi aprovada esta sexta-feira, em Genebra; órgão defende importância de trazer os responsáveis pela violência contra os populares à justiça.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Direitos Humanos condenou, esta sexta-feira, as violações perpetradas pelas autoridades na Síria. A resolução passou na sessão que decorre em Genebra, com 41 votos a favor.

A Rússia, a China e Cuba votaram contra, com abstenções da Índia, do Uganda e das Filipinas.

O órgão condena com veemência a violação generalizada, sistemática e grosseira dos direitos humanos e as execuções extrajudiciais e judiciais de manifestantes, defensores dos direitos humanos e jornalistas.

Responsáveis

A importância de trazer à justiça os responsáveis pela violência contra as populações é igualmente reiterada pela decisão do Conselho.

De acordo com ONU, mais de 10 mil pessoas, a maioria civis, foram mortas e dezenas de milhares foram deslocadas como resultado dos protestos antigovernamentais iniciados em Março do ano passado.

Regras

A Síria manifestou-se contrária ao documento, como um todo, defendendo que este foi contra as regras e o mandato do Conselho.

O país reitera que a resolução mina o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, incentiva a violência e os assassinatos além de impedir a cooperação e abertura demonstradas pelo país.

Alteração

O Conselho rejeitou uma emenda da Rússia, com o apoio de Cuba e China, para que fosse introduzida uma alteração à resolução condenando todos os actos de terrorismo.

O órgão que todos os relatórios e atualizações orais da comissão de inquérito fossem encaminhados a todos os organismos pertinentes das Nações Unidas e ao Secretário-Geral para a ação apropriada.

O projeto de resolução foi apresentado pelos Estados Unidos que, ao se dirigir ao Conselho, pediu que “as graves violações dos direitos humanos e das atrocidades sejam abordadas com clareza e com vigor pe