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Preços alimentares caem pelo terceiro mês consecutivo, indica FAO

Preços alimentares caem pelo terceiro mês consecutivo, indica FAO

Agência indica que , em Junho, foi registado o mais baixo desde Setembro de 2010; avaliação indica abundância de arroz e existência de trigo e de outros cereais em níveis suficientes para exportação.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Os preços alimentares caíram pelo terceiro mês consecutivo em Junho, indica a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO.

O  mais recente Índice dos Preços dos Alimentos, lançado esta quinta-feira, em Roma, situa o valor em 201 pontos, menos quatro em relação a Maio. A queda, de 8%, coloca os preços no nível mais baixo desde Setembro de 2010.

Recuo

Por detrás do fenómeno esteve o recuo dos preços de óleos e gorduras, indica a FAO. Ao mesmo tempo, a média do custo de todos os grupos de alimentos de primeira necessidade do índice foi menor que os níveis de Maio.

Entretanto, a agência fez uma revisão em baixa da produção mundial de cereais em mais de 23 milhões de toneladas em relação ao mesmo mês. A actual previsão de 2 396 milhões de toneladas deve-se à possível diminuição dos estoques globais até o final de 2013.

Abundância

A avaliação indica uma continuação dos níveis globais adequados de procura e de oferta, graças à abundância de arroz e à existência de níveis de trigo e de cereais suficientes para exportação.

Mas indica que os preços dos grãos estiveram voláteis, devido à seca contínua e às temperaturas acima da média registadas em grande parte das regiões produtoras de milho dos Estados Unidos.

Para o final de Julho, há previsões de um aumento dos preços de algumas culturas, devido às crescentes preocupações com o tempo seco.