Líbia liberta quatro funcionários do TPI
Medida foi testemunhada em Zintan pelo presidente do Tribunal e por representantes da Austrália, do Líbano, da Rússia e da Espanha, países de origem dos integrantes do órgão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Tribunal Penal Internacional, TPI, anunciou a libertação de quatro membros da equipa da instituição, que foram detidos a 7 de Junho na cidade líbia de Zintan.
A prisão do grupo que integrava Alexander Khodakov, Esteban Peralta Losilla, Melinda Taylor e Helene Assaf ocorreu durante uma visita privilegiada ao filho do antigo líder líbio.
Saif Al-Islam Kadafi foi indiciado pelo Tribunal, juntamente com o ex-chefe da inteligência militar do país, Abdullah al Sanousi.
Direitos
De acordo com o tribunal, sedeado em Haia, a visita dos integrantes do órgão foi autorizada pelos juízes, e visava preservar os direitos da defesa do réu no âmbito do caso que decorre no TPI.
A libertação mereceu elogios do presidente do Tribunal, Sang-Hyun Song, que esta segunda-feira esteve em Zintan.
Acordo
Numa conferência de imprensa organizada pelas autoridades locais, o representante manifestou gratidão aos governantes líbios pelo acordo alcançado para libertar a equipa.
Song destacou a cooperação e apoio da Austrália, do Líbano, da Rússia e da Espanha, cujos representantes diplomáticos também viajaram para Zintan para receber os seus nacionais.
Famílias
De acordo com o TPI, o grupo foi bem tratado durante a sua detenção e seguia logo de seguida para reencontrar as famílias.
O Tribunal explicou que as “circunstâncias” da visita tornaram-se assunto de preocupação para as autoridades líbias, quando estas tiveram conhecimento de que seriam objeto de investigação.
Sem revelar pormenores, o presidente do TPI confirmou que as informações relatadas pelas autoridades líbias, relativamente a tais “circunstâncias”, seriam investigadas.