ONU pede a Sudão para responder pacificamente a planos de protestos
Em nota, alta comissária de Direitos Humanos pediu ao governo sudanês que não lance mão da violência contra as manifestações preparadas para esta sexta-feira.
Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A alta comissária de Direitos Humanos, pediu nesta quinta-feira, ao Sudão para ser comedido na sua resposta a manifestações populares que ocorrem na capital do país, Cartum.
Navi Pillay apelou às forças do governo que não usem de violência em resposta aos protestos organizados para esta sexta-feira.
Detenções
Segundo Pillay, dezenas de pessoas, incluindo ativistas humanitários, estudantes e membros da oposição política, foram presas, desde que as manifestações começaram em Cartum, no dia 17 de Junho.
A alta comissária pediu ao governo a liberdade imediata e incondicional de todos, “cujos crimes foram somente de exercer seus direitos básicos à reunião e expressão”. Ela acrescentou que relatos de maus tratos em cativeiro são “preocupantes, e devem ser investigados imediatamente.”
Reivindicações
De acordo com nota de Pillay, “gás lacrimogéneo, tiros e outras formas de repressão não atenderão às reivindicações do povo em relação aos seus direitos económicos, sociais e políticos.”
Segundo ela, “um diálogo verdadeiro com críticos do governo é muito mais eficaz que violência e detenção arbitrária, para uma sociedade estável e bem-sucedida.”
Direitos Fundamentais
Segundo a nota, protestos em massa estão planejados para esta sexta-feira. A alta comissária destacou as obrigações do governo, sob direito internacional, de salvaguardar os direitos fundamentais dos seus cidadãos.
Aos manifestantes, Pillay pediu que nenhum acto de violência ou danos a propriedades sejam causados durante os protestos.
*Apresentação: Eleutério Guevane.