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Peste de ovinos e caprinos pode entrar em Angola, indica FAO

Peste de ovinos e caprinos pode entrar em Angola, indica FAO

Virose que afeta caprinos e ovinos já matou mais de 75 mil animais na  República Democrática do Congo; FAO anuncia que está a mobilizar apoio de emergência para o problema que não afeta humanos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Angola é um dos países da África Austral mais ameaçados pela peste de caprinos e ovinos  que afeta a República Democrática do Congo.

A  Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou  esta terça-feira que está a tomar medidas para conter a peste dos pequenos ruminantes, uma virose que ameaça a segurança alimentar regional.

Surto

Em entrevista à Rádio ONU, de Viena, Rui Cardoso-Pereira, da Divisão Conjunta da FAO com a Agência Internacional de Energia Atómica em Técnicas Nucleares de Agricultura, falou dos cuidados a serem tomados em Angola, perante o surto.

“Há uma proximidade e esse risco, de qualquer das formas a doença não se dispersa de forma muito rápida, a não ser que haja um transporte de animais, especialmente animais jovens, de um local para o outro. Angola deve tomar as devidas preocupações e proibir não deixar que haja entrada de animais de zonas que tenham potencialmente tenham a doença para o seu território”, indicou.

Emergência

A FAO anunciou que está a mobilizar apoio de emergência para a RD Congo, onde a taxa de mortalidade chega a atingir 86% em caprinos.

Dados oficiais apontam que dezenas de milhares de cabras foram infetadas e mais de 75 mil já morreram devido à doença.

Risco

O governo estima que mais de um milhão de caprinos e 600 mil ovelhas estão em risco de contrair a virose, o que representa um quarto de bodes e dois terços de ovelhas por todo o país.

 Um projeto de emergência da FAO deve libertar fundos para vacinar meio milhão animais de áreas que ainda não são afetadas pela que já é considerada a pior epidemia de gado no país em mais de 10 anos.