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Insegurança na Síria dificulta envio de trabalhadores humanitários da ONU BR

Insegurança na Síria dificulta envio de trabalhadores humanitários da ONU

Segundo Ocha, 1,5 milhão de pessoas precisam de assistência; Kofi Annan fala em possibilidade de reunião ministerial para discutir ações no país.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O envio de trabalhadores humanitários à Síria está pendente devido à deterioração da segurança no país. O Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, afirmou nesta sexta-feira, que as agências procuram por metódos alternativos para fornecer ajuda aos civis.

No começo do mês, o governo sírio concordou com a entrada de trabalhadores humanitários em pelo menos quatro das províncias mais afetadas pela violência.

Reunião

Mas segundo o Ocha, a intensificação dos conflitos nos últimos dias dificultou a possibilidade das agências das Nações Unidas enviarem assistentes ao país.

Em Genebra, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, fez um apelo nesta sexta, para que “os protagonistas” do conflito tomem “a decisão estratégica de parar com a violência e apoiar os observadores” da organização.

Kofi Annan confirmou que tem discutido com representantes de governos a possibilidade de ser organizada uma reunião ministerial sobre a Síria.

Unsmis

Segundo Annan, o encontro seria para discutir ações que poderiam ser tomadas para a implementação da resolução do Conselho de Segurança. O enviado especial disse ser a “hora dos países de influência aumentar o nível da pressão sobre as partes em conflito.”

No último sábado, o chefe da Missão de Supervisão da ONU na Síria, general Robert Mood, suspendeu os trabalhos dos observadores no país, por conta da escalada da violência. O Conselho de Segurança está avaliando o futuro da Unsmis.

Segundo o Ocha, 1,5 milhão de pessoas precisam de ajuda na Síria e mais de 92 mil refugiados sírios estão recebendo assistência em países vizinhos, como Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia.

Os conflitos entre o governo do presidente Bashar al-Assad e opositores duram 16 meses e mais de 10 mil pessoas já morreram no país, de acordo com estimativas das Nações Unidas.