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Eritreia pode ter até 10 mil presos políticos, diz ONU

Eritreia pode ter até 10 mil presos políticos, diz ONU

Segundo a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, destino dos detidos continua desconhecido; lista de abusos inclui detenções arbitrárias, tortura e execuções sumárias.
 

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Eritreia tem entre 5 mil e  10 mil prisioneiros políticos, referiu a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos.

Navi Pillay disse, esta segunda-feira, ao Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, que o destino dos detidos continuava desconhecido.

 Violações

Citando o que chamou fontes credíveis, Pillay falou da documentação de violações graves dos direitos humanos na Eritreia, incluindo detenções arbitrárias, tortura, execuções sumárias. De acordo com a alta comissária, a lista de abusos inclui o trabalho forçado e restrições às liberdades de movimento, expressão, reunião e religião.

Segundo referiu, o país recusa-se a cooperar com seu escritório e outros mecanismos internacionais e regionais de Direitos Humanos.

Pobreza

De acordo com agências noticiosas, milhares de pessoas deixaram o país, nos últimos anos, devido à pobreza e à repressão política.

Entre 1998 e 2008, a Eritreia esteve envolvida numa guerra fronteiriça com a Etiópia, que segundo estimativas resultou em cerca de 70 mil mortos em ambos os lados.