Relatório da ONU aborda desafios de industrialização nos Palops
Unctad fala da necessidade de apostana sofisticação de serviços em Angola, do reflexo da produção mineira em Moçambique; redução do peso dos serviços no PIB é recomendada a São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
[caption id="attachment_217906" align="alignleft" width="350" caption="“Desencadeando o Potencial de África”"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Angola está entre os países com o desafio de apostar na indústria e na sofisticação de serviços a par da redução do peso da agricultura no Produto Interno Bruto, PIB.
A recomendação consta do relatório “Desencadeando o Potencial de África como Polo de Desenvolvimento”, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.
Padrões
O documento recomenda os países do continente a adotar políticas de promoção do crescimento económico, com vista a elevar os padrões de vida e proteger o meio ambiente.
Um apelo é feito aos governos no sentido de reestruturar as economias para uma mudança das fontes tradicionais de energia para as menos poluentes como a eólica, a solar e a hidroelétrica.
Minerais
O documento destaca ainda o crescimento de quase 6% registado em Moçambique, como reflexo da evolução contínua na produção mineira e da forte procura global por minerais.
Nesse âmbito, Angola atingiu 4 pontos percentuais, impulsionada pela produção de petróleo e pelo aumento de investimentos.
Serviços
Mas o desafio das autoridades de Luanda está na vertente de serviços, onde a situação é tida como grave, paralelamente às economias ricas em recursos como o Botsuana, a Guiné Equatorial, a Nigéria e a República Democrática do Congo.
Já para São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, a Unctad recomenda um esforço com vista à redução do peso dos serviços no PIB.
O documento, divulgado na quarta-feira, em Nova Iorque, insta os países africanos a usar os seus recursos naturais de forma sustentável para modernizar a economia.