Perspectiva Global Reportagens Humanas

OIT quer mais ação dos governos contra o trabalho infantil

OIT quer mais ação dos governos contra o trabalho infantil

Das cerca de 215 milhões de crianças continuam a trabalhar para sobreviver cerca de 5 milhões estão envolvidas no trabalho forçado, incluindo formas como a exploração para fins sexuais.

[caption id="attachment_197662" align="alignleft" width="350" caption="215 milhões de crianças trabalham. "]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Cerca de 215 milhões de crianças continuam a trabalhar para sobreviver estando mais da metade expostas às piores formas do fenómeno, indica a Organização Internacional do Trabalho, OIT.

A agência pediu, esta segunda-feira, o reforço de sistemas judiciais e das instituições de aplicação da lei para o combate ao trabalho infantil.

Complacência

De acordo com a OIT, ainda ocorre uma grande disparidade entre a ratificação das Convenções sobre trabalho infantil e as ações dos governos para enfrentar o flagelo, incluindo a escravatura e o conflito armado.

Num relatório sobre o 10º aniversário do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, a ser comemorado neste 12 de Junho, a OIT disse que não haver espaço para complacência.

Vulneráveis

A organização também pede que sejam reforçados programas de proteção infantil. Os mais vulneráreis são crianças de zonas rurais, em áreas agrícolas ou filhos de trabalhadores migrantes e indígenas.

O diretor-geral da OIT, Juan Somavia, disse que não se pode permitir a eliminação trabalho infantil no topo da agenda de desenvolvimento e que todos os países devem se esforçar para alcançar este objetivo.

A OIT estima que cerca de 5 milhões de crianças estão envolvidas no trabalho forçado, incluindo em formas como a exploração comercial para fins sexuais e a servidão por dívidas.