Tribunal diz não ter recebido qualquer indicação oficial sobre motivos, circunstâncias ou condições de detenção; grupo foi abordado em Zintan onde se iria encontrar com o filho do antigo líder líbio Muammar Kadafi.
[caption id="attachment_206564" align="alignleft" width="350" caption="Sede do TPI "]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Tribunal Penal Internacional, TPI, manifestou esta segunda-feira a sua preocupação face à detenção de quatro funcionários na Líbia, com os quais não tem contacto há três dias.
A instituição, sedeada em Haia, indica que o grupo foi preso na quinta-feira. Trata-se do russo Alexander Khodakov, do espanhol Esteban Rosilla, da libanesa Helen Assaf e da australiana Melinda Taylor.
O porta-voz do tribunal, Fadi El Abdallah, disse não ter recebido qualquer indicação oficial ou informações das autoridades líbias sobre motivos, circunstâncias ou condições de detenção.
Missão
De acordo com o representante, tudo o que se sabe é que o grupo estava em Zintan para se encontrar com o filho do antigo líder líbio Muammar Kadafi. Ele acrescentou que o encontro com Saif al-Islam fazia parte de uma missão enviada pelos juízes do TPI para garantir o respeito pelos direitos de defesa do indiciado no processo que corre no tribunal.
Al-Islam deve ser julgado pelo papel em ataques contra manifestantes e rebeldes durante as manifestações pró-democráticas do ano passado.
Em Maio, as autoridades líbias repassaram o pedido ao TPI em relação ao caso em que foi indiciado, juntamente com o ex- chefe da inteligência militar do país, Abdullah al Sanousi.
No sábado, o presidente do TPI, juiz Sang-Hyun Song, pediu a libertação imediata dos funcionários.
O apelo foi lançado às autoridades líbias para que tomem imediatamente todas as medidas necessárias para garantir a sua segurança e libertação. O Tribunal disse continuar em contacto com as autoridades líbias.