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Moçambique adere a código para partilhar informação sobre pirataria

Moçambique adere a código para partilhar informação sobre pirataria

Documento da Organização Marítima Internacional tem em vista reprimir o fenómeno da África Oriental; OMI indicou aposta em redobrar esforços para dar resposta mais ampla e global à pirataria.

[caption id="attachment_205420" align="alignleft" width="350" caption="Combate à pirataria "]

Manuel Matola, da Rádio ONU em Maputo

O governo moçambicano anunciou, esta sexta-feira, que aderiu ao Código de Conduta de Djibuti criado pela Organização Marítima Internacional, OMI, para combater a pirataria marítima.

O documento foi criado para a repressão da pirataria e roubo armado de navios no Oceano Índico Ocidental e no Golfo de Aden.

Convenção

O porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Abdul Razak, explicou a importância da Convenção para o país.

“A nossa adesão a este código de conduta vai permitir que Moçambique tenha apoio quer na partilha de informação entre países da região, fundos para a formação técnica nesta área, fundos para a aquisição de equipamento e fundos para combate à pirataria. E para nós é muito importante porque nós eventualmente podemos ser alvos de pirataria na região”.

Repressão

As autoridades moçambicanas consideram que com a adoção da norma jurídica internacional será facilitada a repressão da pirataria na região.

Em 2010, um navio de bandeira moçambicana, com 24 tripulantes a bordo, 19 dos quais moçambicanos,  foi sequestrado por piratas somalis ao largo da costa de Moçambique.

Na altura, uma força naval indiana confrontou-se com piratas somalis, salvando 13 dos 19 moçambicanos que haviam sido capturados.  Os restantes 6 foram dados como desaparecidos, e presume-se que tenham caído ao mar durante a operação de resgate.

Para 2012, a  Organização Marítima Internacional disse apostar em redobrar esforços para gerar e galvanizar uma resposta mais ampla e global à pirataria moderna.

Dos 21 países elegíveis, Moçambique e França eram os únicos que ainda não tinham assinado o Código de Conduta de Djibuti, que entrou em vigor a 29 de janeiro de 2009.