Um ano após seca, êxodo na Somália está em menor ritmo
Segundo Acnur, fuga para países vizinhos diminuiu, se comparada ao ano passado; conflitos e poucas chuvas ainda forçam pessoas a deixar o país africano.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O fluxo de cidadãos da Somália em fuga para países vizinhos diminuiu nos primeiros quatro meses deste ano, indica o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Acnur.
Em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, em Genebra, a agência afirmou que no período, 20 mil somalis entraram no Quênia, Etiópia, Djibuti e Iêmen. Entre junho e setembro do ano passado, cerca de 40 mil somalis fugiam mensalmente do país.
Seca
A Somália enfrentou, há um ano, a pior seca das últimas quatro décadas. Segundo o Acnur, na época, a cada 10 mil pessoas, 17 morriam diariamente. A agência indica, porém, que o país ainda enfrenta enormes desafios.
O Acnur destaca que apesar do fim da fome, os estoques de alimentos continuam “perigosamente baixos” em várias partes do país, devido às fracas chuvas sazonais.
Mas agência ressalta que o estado de saúde dos refugiados melhorou e os níveis de desnutrição e mortalidade entre crianças caiu consideravelmente.
O Acnur diz que combinou, no último ano, campanhas de vacinação em massa e outras medidas de saúde pública na Somália.
*Apresentação: Leda Letra.