Pnud aposta em dar acesso a energia limpa a 10 milhões de habitantes rurais
Agência da ONU defende que 8 em cada 10 pessoas das zonas rurais da África Subsaariana não tem acesso a eletricidade; iniciativa prevê poupar US$ 600 milhões em custos de combustível nos próximos três anos.
[caption id="attachment_207849" align="alignleft" width="350" caption="Foto: UN PHOTO"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, anunciou o apoio a uma iniciativa para permitir que 10 milhões de pessoas de comunidades rurais tenham acesso a fontes renováveis de energia até 2015.
Uma parceria entre a agência e a companhia australiana Barefoot Power deve expandir acesso “a sistemas domésticos económicos de energia de alta qualidade”. Os dispositivos a serem produzidos incluem lâmpadas florescentes com o díodo emissor de luz e carregadores de telemóveis.
África Subsaariana
De acordo com o Pnud, a rede já está em expansão no Gana, no Senegal e na Nigéria. O programa da ONU indica que na África Subsaariana mais de 80% das comunidades de baixa renda residentes nas zonas rurais não têm acesso à eletricidade.
A agência aponta uma forte dependência das populações por fontes de combustíveis que não venham de matriz limpa e até perigosos, que incluem resíduos de querosene, animais, carvão ou madeira.
Mortes
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a poluição do ar doméstico a partir do uso de combustível de biomassa provoca anualmente 2 milhões de mortes prematuras em todo o mundo.
A iniciativa prevê a poupança de US $ 600 milhões em custos de combustível nos próximos três anos, reduzindo as emissões de carbono em até 1 milhão de toneladas.