Perspectiva Global Reportagens Humanas

Alta comissária para os Direitos Humanos quer inquérito sobre massacre na Síria

Alta comissária para os Direitos Humanos quer inquérito sobre massacre na Síria

Relatos indicam que a maioria das vítimas foi “executada dentro de casa”;  representante  pede ao Conselho de Segurança que encaminhe o caso ao Tribunal Penal Internacional.

[caption id="attachment_210511" align="alignleft" width="350" caption="Rupert Colville"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A alta comissária para os Direitos Humanos pediu a abertura de um inquérito sobre o massacre de 108 civis no vilarejo de Houla, na Síria.

Navi Pillay quer que o Conselho de Segurança encaminhe o caso ao Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda.

Testemunhas

Em entrevista a jornalistas, nesta terça-feira, em Genebra, o porta-voz do Alto Comissariado, Rupert Colville, contou que o órgão recebeu relatos de testemunhas sobre as mortes, ocorridas na madrugada de 26 de maio.

Colville disse que, segundo sobreviventes, a maioria das vítimas foi executada. Os moradores disseram que os crimes teriam sido praticados por paramilitares do grupo Shabiha.

Vítimas

O porta-voz informou que a alta comissária, Navi Pillay acredita que o massacre poder ser classificado de crime internacional. Pillay pediu o acesso imediato de observadores de direitos humanos ao local dos ataques.

De acordo com agências de notícias, a maioria das vítimas são mulheres e crianças que foram mortas dentro de casa.

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, está em Damasco para conversações com o presidente do país, Bashar al-Assad.

A violência política na Síria, que já matou mais de 9 mil pessoas, começou em março de 2011, quando manifestantes saíram às ruas para pedir democracia.

*Apresentação: Eleutério Guevane.