Em resolução aprovada por unanimidade, cinco altas patentes chefe do Estado-maior das Forças Armadas guineenses são impedidas de viajar por envolvimento no golpe militar de 12 de Abril.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho do Segurança anunciou, esta sexta-feira, sanções dirigidas a cinco líderes militares da Guiné-Bissau.
Numa resolução, aprovada por unanimidade, os 15 Estados-membros, impedem de viajar um grupo liderado pelo chefe do Estado-maior das Forças Armadas, António Indjai.
Entre as altas patentes abrangidas pela medida estão o major-general Mamadu Ture, o general Estêvão Na Mena, o brigadeiro Ibraima Camará e o tenente-coronel Daba Naualna.
Países-membros
Um apelo foi lançado aos países-membros da ONU para que adotem todas as medidas necessárias para impedir a entrada ou a passagem dos visados pelo seu território.
Indjai é citado como tendo estado envolvido pessoalmente na ação militar de 12 de Abril. O documento refere que o comunicado emitido pelo comando militar, logo após o golpe, foi escrito por elementos das forças armadas liderados por Indjai.
Prisão
O oficial é igualmente apontado como sendo o responsável dos motins de 1 de Abril de 2010, que culminaram com a prisão do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Na resolução, o Conselho manifesta-se preocupado com pilhagens de bens de Estado e a violações de direitos humanos.
Abusos
A lista de abusos alegadamente perpetrados pela junta militar inclui detenções arbitrárias, maus tratos de detidos, repressão de manifestações e restrição de liberdades de movimentação.
O Conselho estabeleceu um Comité de Sanções que deve monitorizar a implementação das medidas.