Taylor nega responsabilidades na guerra civil na Serra Leoa
Antigo líder liberiano foi considerado culpado de cumplicidade em crimes de guerra no país vizinho; acusação quer ex-presidente cumpra pena de 80 anos de prisão.
[caption id="attachment_215039" align="alignleft" width="350" caption="Charles Taylor"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O antigo presidente da Libéria, Charles Taylor, disse que não pode ser responsabilizado pelos crimes de guerra cometidos durante o conflito civil de 10 anos na Serra Leoa.
Ele prestava declarações,esta terça-feira, perante o Tribunal Especial para Serra Leoa, em Haia. Em Abril, o antigo líder foi considerado culpado de cumplicidade em crimes de guerra no país vizinho.
Sentença
A acusação quer que o ex-presidente seja preso por 80 anos, uma pena que a defesa considera excessiva e equivalente à prisão perpétua.
Para Taylor, a sua contribuição para a paz na Serra Leoa não foi tida em conta durante o julgamento, que durou cinco anos.
Responsabilidade
De acordo com o antigo presidente, ele não poderia não ter nenhuma responsabilidade e, conscientemente, qualquer autoridade para prevenir, impedir ou punir atrocidades. Taylor acrescentou que “não constitui ameaça para a sociedade” e que a reconciliação e o respeito devem ser os princípios orientadores da tarefa dos juízes.
Charles Taylor alega que durante o seu julgamento o dinheiro teria corrompido ou tido influência significativa e dominante. Ele alega ainda ainda ter havido coação de testemunhas.
A sentença do ex-presidente liberiano deve ser lida a dia 30 de Maio.