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Moçambique progride mas deve investir na produtividade, diz relatório

Moçambique progride mas deve investir na produtividade, diz relatório

Pnud considera que o país evoluiu mas deve investir na produtividade agrícola; Cabo Verde destacado como o único país de língua portuguesa de rendimento médio ao lado de outros nove nações do continente.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Um novo estudo do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, coloca Moçambique como o 5º país que mais progrediu no Índice de Desenvolvimento Humano global entre 2000 e 2011.

Lançado esta terça-feira, em Nairobi, o “Relatório de Desenvolvimento Humano em África 2012: Em Direção a um Futuro Alimentar Seguro”, destaca um crescimento em mais de 50% no acesso das populações à água.

Produtividade

Os desafios de Moçambique país, que é uma das 15 nações da África Subsaariana com o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano do mundo, passam pela produtividade na agricultura. O estudo defende que cerca de oito em cada 10 moçambicanos está envolvido no setor.

O economista-chefe do Pnud, Pedro Conceição disse à Rádio ONU, da capital queniana, que a situação é comum para vários países do continente.

Desenvolvimento

“Esse desenvolvimento tem que ser baseado, a análise do relatório sugere, em crescimento da produtividade. Tem que haver um contínuo investimento no aumento da quantidade de alimentos que se conseguem produzir a partir da mesma área de terra cultivada. Foi isso que se verificou, por exemplo, em países da Ásia que conseguiram taxas de redução da pobreza muito acentuadas”, apontou.

O estudo, pioneiro sobre o continente, indica que as autoridades moçambicanas deram dado passos para a elaboração de uma lei-quadro sobre o direito à alimentação.

Irregularidades

Por outro lado, a educação cívica através de mensagens de telemóvel para relatar irregularidades eleitorais, além da distribuição de um jornal gratuito dedicado à educação dos eleitores, é apontada como tendo aumentado a participação eleitoral.

A situação foi similar em São Tomé e Príncipe onde uma campanha com o slogan “O seu voto deve ser livre e em boa consciência” teria reduzido de forma galopante a compra de votos.

Cabo Verde, o único país de língua portuguesa de rendimento médio permanece no patamar como um dos nove do continente.