África recebe garantia de apoios para agricultura orgânica
Conferência Africana de Orgânicos deve encerrar com plano de ação para o para o continente com 530 mil hectares usados por agricultores certificados.
[caption id="attachment_209581" align="alignleft" width="350" caption="Foto: FAO"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O uso crescente de práticas de agricultura orgânica no continente africano foi destacado pela Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.
A agência apoia a II Conferência Africana de Orgânicos, que encerra esta sexta-feira na capital zambiana, Lusaca, com mais de 300 participantes de 40 países.
Segurança Alimentar
No evento, o secretário-geral da Unctad, Petko Draganov, prometeu um forte impulso da agência para apoiar a segurança alimentar, a agricultura sustentável e a necessidade de potenciar a transição para uma economia verde.
Draganov reafirmou a necessidade de os decisores políticos terem em conta o potencial da agricultura orgânica africana.
Como parte dos requisitos para o efeito recomendou que sejam identificadas medidas e políticas necessárias para apoiar a aplicação mais ampla das Tecnologias da Comunicação e Informação no sector.
Plano de Ação
A decorrer sob o tema “Integração da Agricultura Orgânica na Agenda de Desenvolvimento Africano”, a conferência deve encerrar com um plano de Ação para Orgânicos.
O objetivo é estimular a expansão do setor da agricultura biológica, racionalizar sistemas de certificação orgânica de equivalência e expandir o mercado africano de produtos orgânicos.
Fertilizantes
A agricultura orgânica não usa fertilizantes artificiais nem produtos químicos e realça a preservação do solo. O Unctad defende haver importância crítica em África, onde há preocupação com a degradação da terra e a expansão dos desertos.
Em África, dos mais de 1 milhão de hectares de terra arável, atualmente utilizada para a agricultura biológica, 530 mil estão a ser usados por agricultores orgânicos certificados.