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Preço dos alimentos cai, mas ainda se mantém em patamares altos, diz FAO BR

Preço dos alimentos cai, mas ainda se mantém em patamares altos, diz FAO

Índice da FAO baixou três pontos ou 1,4% de março a abril embora níveis de 214 pontos ainda sejam altos, diz agência.

[caption id="attachment_197242" align="alignleft" width="350" caption="Foto: FAO"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, revelou que o preço dos alimentos caiu de março a abril. Foi a primeira queda em três meses consecutivos, mas segundo a agência, os preços continuam altos.

Apesar da queda de três pontos ou 1,4%, o Índice de Preços da FAO, com 214 pontos, está além da marca de menos de 200, registrada antes da crise alimentar de 2008.

Demanda

A atualização do índice foi divulgada, nesta quinta-feira, no Panorama do Alimento da agência. A análise é publicada duas vezes ao ano. Segundo especialistas, as projeções para a segunda metade de 2012 indicam uma demanda forte e melhorias na oferta.

Ainda segundo a FAO, a fatura total de importação de alimentos este ano deve diminuir para US$ 1,24 trilhão, equivalentes a mais de R$ 2,2 trilhões.

A previsão para a produção de cereais é de uma expansão modesta este ano chegando ao recorde de mais de 2,3 milhões de toneladas.  O trigo, no entanto, deve diminuir 3,6% se comparado aos números de 2011.

União Europeia e Brasil

As maiores quedas estão sendo esperadas para Ucrânia, Cazaquistão, China, Marrocos e União Europeia.

Já a produção de arroz deve crescer 1,7% em 2012 para 488 milhões de toneladas. O mercado de oleaginosas e derivados pode ficar novamente estreito. Ainda segundo estimativas, haverá uma queda de 10% na produção global de soja, e um aumento de 8 milhões de toneladas chegando a 173 milhões de toneladas no total.

A queda nos níveis do Brasil, o maior produtor do mundo de açúcar, pode ser compensada com o aumento na Tailândia e na Índia.

A FAO também aguarda uma expansão na produção global de carne para 302 milhões de toneladas em 2012. O crescimento deve ocorrer, na maioria dos casos, nos países em desenvolvimento incluindo Brasil e Índia.