Dados da Organização Internacional para Migrações apontam queda de 14% no total de habitantes dos campos desde fevereiro; programas de ajuda humanitária ajudam população a encontrar alternativas de moradia.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O número de pessoas vivendo em acampamentos para deslocados no Haiti diminuiu 14% desde fevereiro, segundo a Organização Internacional para Migrações, OIM.
A agência afirma que este é o maior declínio desde o começo do ano passado. Mais de 420 mil pessoas ainda estão vivendo em campos dentro e ao redor da capital, Porto Príncipe.
Campos Fechados
Após o terremoto de janeiro de 2010, 1,5 milhão ficaram sem ter onde morar. A tragédia na ilha caribenha deixou 300 mil mortos, segundo o governo do país.
Em julho de 2010, o Haiti tinha mais de 1,5 mil campos para deslocados e agora, são 602 acampamentos. Somente entre fevereiro e abril, 58 campos foram fechados.
Ajuda
Programas de ajuda humanitária são apontados pela agência como o principal fator da mudança. Segundo a OIM, são oferecidas alternativas de moradia, como subsídio de aluguel por um ano para as famílias que são muito pobres.
A OIM cita ainda projetos de relocação, como o financiado pelo governo do Canadá, que retirou 5 mil famílias da praça Champs de Mars, no centro de Porto Príncipe.
De acordo com a agência, a situação atual nos acampamentos é “miserável”e “deteriorante”, por conta das fortes chuvas, fora do comum para a época do ano.