Ministra timorense das finanças fala de inovações do Novo Acordo de Compromisso como alternativa para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A ministra das Finanças de Timor-Leste, Emília Pires, defendeu o Novo Acordo de Compromisso entre países fragilizados e os respetivos doadores.
O pacto, apresentado durante os encontros de primavera do Banco Mundial, este fim de semana, em Washington, é visto pela governante timorense como a base para uma nova relação entre as partes.
Proposta
Emília Pires falou à Rádio ONU, em Nova Iorque, em torno da proposta do bloco, presidido pelo seu país e pelo Canadá. A ministra advoga uma maior sensibilização, numa altura em que ajuda externa depende do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
“O nosso argumento é como pode ser possível trabalhar para atingir os MDGs (sigla em inglês para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio) sem segurança, paz e estabilidade que não estão a ser monitorizados? Os MDG (objetivos) são para reduzir a pobreza e atingir objectivos de defesa, da educação e saúde, mas não têm nada a ver com a segurança, estabilidade justiça ou o andamento da política – se é inclusiva ou legítima”, defendeu.
Ajuda
O contacto com instituições como Banco Mundial, Comissão Europeia e as Nações Unidas, é tido como vital pela titular da pasta das finanças de Timor-Leste, com vista a “mudar a abordagem com os países do grupo”de 19 nações.
Para ela, o colectivo, que inclui a Guiné-Bissau e a Somália, aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, ODM’s, mas tem razões similares de incumprimento.
Segundo acredita, as cinco metas de Construção de Paz e de Estado do Novo Acordo de Compromisso com os Estados Fragilizados são pré-requisitos para o desenvolvimento dos países do bloco.