Ban Ki-moon reage à onda de detenções no Mali
Secretário-Geral da ONU indica que a prisão de altos funcionários públicos ocorre quando esforços estão ser empreendidos para ajudar o país a superar inúmeros desafios.
[caption id="attachment_197231" align="alignleft" width="350" caption="Ban Ki-moon"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral da ONU expressou preocupação com o que chamou nova onda de prisões de altos funcionários públicos no Mali perpetrada pelas autoridades da junta militar.
Num comunicado lançado esta quarta-feira, Ban Ki-moon refere que a ação ocorre num momento em que inúmeros esforços estão ser empreendidos para ajudar o país a superar vários desafios.
Ofensiva
Em finas do mês passado, uma junta militar tomou o poder pela força e dissolveu o governo do presidente Mussa Toumani Traore. A ação foi seguida da ofensiva de rebeldes Tuaregue e seus aliados que ocuparam várias cidades do norte.
No apelo, o Secretário-Geral pede a libertação imediata de todos os detidos e exorta a junta que “se abstenha de quaisquer ações que possam prejudicar a recuperação efetiva da ordem constitucional no país.”
Nomeações
Ban considera positivas para o regresso à ordem constitucional as recentes nomeações interinas de Dioncounda Traoré como presidente e de Cheick Modibo Diarra como primeiro-ministro.
Entretanto, indica que as detenções contrariam tais desenvolvimentos e exige à junta militar que “conclua rapidamente a transferência completa do poder para um governo civil.”