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Unesco marca 100 anos do naufrágio do Titanic que matou 1,5 mil pessoas BR

Unesco marca 100 anos do naufrágio do Titanic que matou 1,5 mil pessoas

No primeiro centenário, agência decide enquadrar destroços do transatlântico na Convenção de Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático; mais de 700 mergulhadores já visitaram local do acidente, no Oceano Atlântico.

[caption id="attachment_213937" align="alignleft" width="350" caption="Titanic"]

Anelise Borges, da Rádio ONU em Paris.

Neste 15 de abril, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, marca os 100 anos do naufrágio do transatlântico Titanic.

Na semana passada, a agência da ONU informou que com o centenário, virão também ações da Unesco para proteger os destroços do cruzeiro.

Vestígios

O Titanic afundou na noite de 14 de abril de 1912 após colidir com um iceberg no Oceano Atlântico. Cerca de 1,5 mil pessoas morreram no naufrágio.

Agora, os destroços do Titanic serão protegidos pela Unesco. O navio foi enquadrado na Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático, assinada em 2001.

Para a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, a medida ajudará a prevenir a exploração não-científica ou antiética dos vestígios do Titanic. Bokova afirmou que o naufrágio do transatlântico está “ancorado na memória da Humanidade” e que por isso é importante proteger o local de saques e destruição.

Águas Internacionais

Segundo a Unesco, mais de 700 mergulhadores já visitaram o local do naufrágio, a 4,3 mil metros de profundidade, no norte do Oceano Atlântico.

A dificuldade de proteger o Titanic está no fato que nenhum país pode reivindicá-lo, porque os destroços estão em águas internacionais.

A Convenção da Unesco tem ainda como objetivo garantir uma melhor proteção de todos os elementos considerados “relíquias culturais” subaquáticas.

O tratado também tem como objetivo promover o acesso público a estas relíquias e incentivar a investigação arqueológica.