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Relatora quer que Líbano investigue suicídio de doméstica migrante BR

Relatora quer que Líbano investigue suicídio de doméstica migrante

Alem Dechasa, 33 anos, morreu em 14 de março, poucos dias após ter sido agredida por um grupo de homens e arrastada para dentro de um carro em Beirute, capital do país.

[caption id="attachment_213736" align="alignleft" width="350" caption="Gulnara Shahinian"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A relatora especial das Nações Unidas sobre formas contemporâneas de escravidão, Gulnara Shahinian, pediu ao governo do Líbano que investigue a morte de uma trabalhadora doméstica etíope no país.

Em comunicado, a relatora contou que Alem Dechasa, 33 anos, cometeu suicídio poucos dias após ter sido agredida por homens e arrastada para dentro de um carro em Beirute, capital do Líbano.

Mídia Social

O ataque foi capturado por vídeo e colocado em sites de mídia social na internet. Nas imagens, a vítima aparece gritando e tentando se livrar dos homens que a forçaram a entrar no carro. O caso foi testemunhado por algumas pessoas, que nada fizeram.

A relatora da ONU disse que ficou chocada ao assistir ao vídeo. Segundo ela, as imagens são cruéis e mostram a situação de muitas trabalhadoras migrantes no Líbano.

Gulnara Shahinian disse que ao visitar o país, no ano passado, ouviu histórias de várias domésticas que diziam sofrer abusos físicos, sexuais e psicológicos.

Durante a viagem, a relatora da ONU pediu ao Governo Libanês que colocasse em vigor uma lei para proteger os 200 mil empregados domésticos do país. Segundo ela, muitos deles, a maioria mulheres, acabam em situação de servidão.

*Apresentação: Leda Letra.