Relator da ONU preocupado com execuções sumárias na Índia
Em comunicado, Christof Heyns pediu ao governo indiano para continuar medidas contra impunidade; entre os casos estão crimes de honra e tribais.
[caption id="attachment_196797" align="alignleft" width="350" caption="Crimes tribais e de honra entre os casos"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
O relator especial das Nações Unidas sobre Execuções Sumárias e Arbitrárias, Christof Heyns, pediu à Índia para combater a impunidade relacionada a execuções sumárias no país.
Em comunicado, divulgado nesta sexta-feira para marcar o fim de sua viagem oficial à Índia, Heyns disse que o governo deve continuar a tomar providências para acabar com a impunidade em casos de crimes de honra e assassinatos em comunidades.
Cenário
O relator informou que existem desafios na Índia sobre a proteção e o direito à vida. Ele disse que há provas de “encontros forjados” em várias partes do país. Em situações assim, cria-se um cenário de tiroteio para transformar a vítima no agressor.
Heyns disse ainda que nos estados do nordeste da Índia, como Jammu e Caxemira, a polícia ainda têm poder para empregar a força letal. Para ele, a maior dificuldade em lidar com o problema são os altos níveis de impunidade.
Crimes de Honra
Ele encerrou o comunicado afirmando que está preocupado com a violência em comunidades, crimes contra pessoas consideradas “bruxas e bruxos”, assim como os crimes de honra.
Christof Heyns pediu a criação de uma comissão de inquérito formadas por advogados e líderes comunitários respeitados para apurar os casos de execuções sumárias na Índia. Um relatório final deve ser levado ao Conselho de Direitos Humanos no próximo ano.
*Apresentação: Leda Letra.