Segunda campanha contra transmissão de vírus da pólio em Angola
Iniciativa vem reforçar a primeira, efetuada em Julho de 2011, para preencher lacunas de falta de vacinação em algumas províncias; Ministério da Saúde angolano apelou a maior participação futura de municípios e sociedade civil.
[caption id="attachment_209997" align="alignleft" width="350" caption="Foto: WHO"]
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
Começa nesta sexta-feira e vai até o dia 1 de Abril a segunda fase da campanha de vacinação contra a poliomielite em Angola. Vão ser vacinadas mais de 6 milhões de crianças angolanas, de acordo com nota de imprensa emitida pelo Ministério de Saúde, na quarta-feira.
Esta segunda campanha é organizada pelo Executivo angolano, em conjunto com parceiros, e visa reforçar os esforços de erradicação da doença no país, aumentando a imunidade das crianças e prevenindo a importação do vírus.
Duas campanhas
Sob o lema "Angola sem pólio depende de ti, depende de mim!", a nova campanha deverá abranger as crianças de áreas de risco, que ainda não receberam a vacina.
Desde a primeira fase da campanha, que data de Julho de 2011, não se registaram mais casos da doença.
Se assim continuar até à data em que essa campanha faz um ano, o Ministério considera que se deve ‘congratular’ o esforço comungado por todas as forças vivas, incluindo os pais e encarregados de crianças envolvidos nas ações de erradicação da doença’’.
De acordo com um relatório de controlo, só ficaram 5 por cento de crianças por vacinar depois da primeira campanha. Um resultado que encaixa na meta recomendada, 5 por cento também, pela Organizacao Mundial de Saúde, OMS.
Falta de vacinação
Na lista das províncias com maior taxa de crianças por vacinar, encontram-se por ordem decrescente: Namibe, Kuando Kubango, Luanda, Zaire, Benguela e Luanda-Norte. Uma falta de vacinação que é justificada pelo relatório com motivos como: ausência das crianças aquando da passagem dos vacinadores, vacinadores que não passaram ou então desconhecimento das mães em relação à campanha.
O Ministério termina a nota com um apelo a uma maior participação das administrações municipais nas próximas campanhas, em áreas como ‘’a planificação dos recursos financeiros, humanos e materiais e o acompanhamento do processo’’.