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ONU responsabiliza forças de segurança da RD Congo por mortes e torturas

ONU responsabiliza forças de segurança da RD Congo por mortes e torturas

Uma investigação independente concluiu que mais 30 pessoas terão morrido na capital congolesa nas mãos dos agentes de autoridade durante a última campanha eleitoral, no fim do ano passado.

[caption id="attachment_213087" align="alignleft" width="350" caption="Eleições no país ocorreram no ano passado"]

João Rosário, da Rádio ONU em Lisboa.

O escritório de Direitos Humanos da ONU na República Democrática do Congo denuncia que as forças de segurança são responsáveis pelas mortes de pelo menos 33 pessoas em Kinshasa, capital do país, durante a campanha para as eleições presidenciais realizadas no ano passado.

As mortes ocorreram entre os dias 26 de Novembro e 25 de Dezembro.

Além do número de mortos, 83 pessoas ficaram feridas e 16 encontram-se ainda desaparecidas.

Violações graves

Um relatório dá a conhecer que foram realizadas várias violações graves dos direitos das pessoas, incluindo assassinatos, desaparecimentos e detenções arbitrárias cometidas em Kinshasa pelas forças de segurança, em particular pela Guarda Republicana e por membros da polícia secreta nacional.

O documento revela que 265 civis permanecem detidos e que muitos terão sido sujeitos a tortura e a outros maus tratos.

Pressão

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos está a pressionar as autoridades congolesas para que assegure que as violações sejam investigadas, que os seus autores sejam levados à justiça e que todos os que permanecem ilegalmente presos sejam libertados.

O Ministério da Justiça pediu ao procurador-geral que abra um inquérito na sequência das denúncias do escritório da ONU para os Direitos Humanos na República Democrática do Congo. Neste momento dois oficiais da polícia estão a ser investigados.