Combates entre rebeldes provocam mais de 100 mil deslocados congoleses

Os confrontos entre dois grupos armados rivais no leste da Republica Democrática do Congo estão a provocar a deslocação de milhares de agricultores para fora das suas aldeias

[caption id="attachment_212966" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Acnur"]

João Rosário, da Rádio ONU em Lisboa.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, revela que mais de 100 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas aldeias na região leste da República Democrática do Congo.

Os deslocados fugiram dos combates entre os rebeldes das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda, FDLR, na sigla em inglês, e as mílias Mai Mai, que duram há quatro meses.

Sobrevivência

A maioria dos deslocados internos são agricultores que tinham nas suas terras o principal meio de subsistência.

Relatos recolhidos pelo Acnur em Bunyakiri demostram que estas pessoas vivem agora uma permanente luta pela sobrevivência. Não têm dinheiro e na região não há terrenos para cultivarem. Muitos deslocados encontram trabalho nas hortas dos residentes de Bunyakiri, onde ganham apenas o suficiente para alimentar as famílias.

Os testemunhos dão conta que, apesar das dificuldades, os deslocados mantêm a esperança de regressarem às suas aldeias logo que os combates terminarem.