Violência pós-eleitoral no Côte d’Ivoire condenada pelas Nações Unidas

Depois de um escrutínio que decorreu no passado domingo de “forma calma”, segundo a ONU, os dois ataques contra as autoridades eleitorais no país mereceram uma reação de condenação imediata; chefe da missão da ONU pediu aos atores políticos para evitarem a “provocação de incidentes”.

[caption id="attachment_212061" align="alignleft" width="350" caption="Bert Koenders"]

Joyce de Pina, Rádio ONU em Nova Iorque.

O representante do Secretário-Geral das Nações Unidas no Côte d’Ivoire, país também conhecido como Costa do Marfim, condenou de forma veemente os dois ataques contra as autoridades eleitorais no leste do país, após as eleições de domingo passado, que decorreram de forma “calma”.

O também chefe da missão de manutenção de paz da ONU no país, Bert Koenders, urgiu os atores políticos da nação a absterem-se de atos que possam “provocar incidentes” e que “resolvam os conflitos” de forma “pacífica”.

Violência Pós-eleitoral

No domingo, um grupo de indivíduos armados não identificados, após as eleições, atirou sobre um comboio de veículos que transportava representantes e material da Comissão Eleitoral, contendo as urnas de voto.

Os capacetes azuis da missão da ONU, que escoltavam os veículos, responderam de forma “robusta e apropriada” ao ataque, repelindo os agressores. Horas mais tarde, num outro local, outros capacetes azuis intervieram num incidente que envolveu um centro de votos.

Koenderes, na sequência desses dois ataques, apelou às autoridades locais para fazerem o possível de forma a clarificar as circunstâncias em que os incidentes ocorreram, para identificarem os perpetradores e apresentá-los à Justiça.

As eleições legislativas no Côte d’Ivoire foram marcadas na sequência de uma decisão do Conselho Constitucional que anulou os resultados do escrutínio de 11 de dezembro passado após a descoberta de irregularidades.