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ONU e doadores contra escalada da crise na região africana do Sahel

ONU e doadores contra escalada da crise na região africana do Sahel

A cidade de Roma é palco de uma reunião inédita que concentra os esforços das agências da ONU, União Europeia e Usaid no combate à crise humanitária no Sahel; urge reabilitar e desenvolver a assistência para contrariar os efeitos devastadores dos conflitos armados, fome, seca,  deslocamentos e elevados preços dos alimentos.

[caption id="attachment_211599" align="alignleft" width="350" caption="Foto: WFP"]

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque

As Naçóes Unidas juntaram doadores e agências para discutirem soluções para a crise humanitária na região africana do Sahel, onde milhões de pessoas necessitam de ajuda.

Os responsáveis das várias agências das Nações Unidas que lidam com situações de emergência, os representantes dos governos da região africana do Sahel e os principais doadores de ajuda humanitária, como a União Europeia e os Estados Undidos, reuniram-se em Roma, Itália, para este encontro inédito.

Os altos quadros discutiram os próximos passos a dar para lidar com a escalada da crise na região.

Ajuda urgente

A crise humanitária na região deve-se a um conjunto de fatores que passam pela fome, seca e conflito armado prolongado.

De acordo com o brasileiro José Graziano da Silva, novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, a situação tende a piorar se nada for feito:

"Há uma escalada de conflito armado em toda a região, e a fome pode contribuir para aumentar ainda mais isso. Toda a vez que nós vemos fome, vemos conflito aberto, e essa região é uma região muito sensível hoje. E eu chamei a atenção do representante do Secretário-Geral da a necessidade de envolver até mesmo o Conselho de Segurança nessa ação inédita em África".

Plano de Ação

O encontro realizou-se na sede do Programa Mundial de Alimentação, PMA. Os participantes concordaram em responder de forma rápida e robusta à crise, e lidar, em primeiro lugar, com as necessidades dos mais vulneráveis, em especial as mulheres e as crianças.

Para a resposta ser eficiente, as agências, doadores e membros dos governos locais também concordaram em planear uma ação que passe pela solução imediata aliada à recuperação a longo prazo.