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ONU retoma programa de repatriamento de refugiados angolanos

ONU retoma programa de repatriamento de refugiados angolanos

O programa de repatriação voluntária de refugiados angolanos na República Democrática do Congo, e outros países vizinhos, voltou a estar na ordem do dia das agências da ONU. Cerca de 180 mil refugiados ainda estão em campos, 10 anos depois do fim da guerra civil angolana.

[caption id="attachment_211534" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Acnur"]

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, retomaram o programa de repatriação voluntária de refugiados angolanos.

De acordo com as agências das Nações Unidas, 53, 370 refugiados deverão regressar ao país ainda este ano, de um total de 176 mil pessoas deslocadas para a República Democrática do Congo, Zâmbia, Namíbia, República do Congo e Botsuana.

Pós-guerra Civil

A guerra civil em Angola acabou há 10 anos. As agências da ONU indicam que umas 600 mil pessoas fugiram do país durante o conflito que durou mais de duas décadas.

Nos últimos anos, a OIM e o Acnur, em parceria com outras organizações, organizaram vários regressos a casa, mas o programa de repatriação foi suspenso em várias ocasiões por falta de fundos, tensões pós-eleitorais e desafios logísticos nos países vizinhos.

Reintegração Social

O mais recente grupo de refugiados a regressar a casa chegou da República Democrática do Congo na passada segunda-feira. A OIM assistiu 2,517 pessoas transportadas em 12 camiões.

A Organização Internacional para Migrações também se encarrega da reintegração social dos refugiados em casa. A maior parte regressa às províncias de Bengo, Huambo, Moxico e Zaire.