Ministro português dos Negócios Estrangeiros diz que situação na Síria é brutal e inaceitável; Portas, no discurso proferido no Conselho de Segurança, indicou que se ONU nada faz, é a credibilidade da instituição que fica em causa.
[caption id="attachment_210915" align="alignleft" width="350" caption="Paulo Portas"]
Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Portugal apoia de forma incondicional a aprovação, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, do projecto de resolução sobre a Síria apresentado por Marrocos e apoiado pela maioria dos países ocidentais, e pela China.
Discurso
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi o sétimo representante no Conselho de Segurança a tomar a palavra na sessão sobre a crise síria, realizada esta terça-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
“A inação da comunidade internacional é chocante, indicou Portas. A solução Árabe urge e uma decisão da ONU é essential”. Desta forma o tom do discurso de Portas foi marcado.
O ministro recordou que há dez meses que o mundo testemunha ações brutais to regime contra os civis, uma brutalidade que já matou milhares de pessoas.
Crianças Mortas
E, citando o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, quase 400 crianças morreram fruto dessa violência, sublinhou o ministro português.
Portas sublinhou ainda que a crise síria representa uma fonte de instabilidade para a região, e que a história dá-nos lições.
Para o ministro português, a lição da história ensina que onde não há reformas, há revoluções. Portas sublinha que a Liga Árabe está mais bem colocada para ajudar a resolver a crise. Portugal apoia a liga sem hesitar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal acrescentou ainda que a inação é inaceitável e irresponsável e que se nada for feito, é o mesmo que condenar o povo sírio a mais violência.