Declaração das Nações Unidas para proteger vida marinha adotada por 65 nações
A declaração envolve 65 nações e deve fortalecer as medidas para tornar o mar um elemento central da transição para uma economia verde e de baixo carbono.
[caption id="attachment_210821" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Pnuma"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque*.
Representantes de dezenas de países assinaram uma declaração, apoiada pelas Nações Unidas, sobre proteção da vida marinha.
O documento, adotado em Manila, nas Filipinas, na sexta-feira, deverá realçar a proteção do meio ambiente marinho como um dos elementos-chave na transição para uma economia verde.
Instituições Financeiras
A declaração foi divulgada durante um encontro co-organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e governo das Filipinas.
O evento em Manila reuniu ministros do Meio Ambiente, cientistas, organizações não-governamentais e representantes de instituições financeiras.
De acordo com a declaração, os países comprometem-se com a formulação de políticas para reduzir o desperdício de água, a poluição dos mares e o uso de fertilizantes.
Poluição
Em entrevista à Rádio ONU, do Algarve, o pescador português André Dias falou sobre os efeitos da poluição nos mares.
“O recurso (da pesca) representa 10% daquilo que podemos ter da natureza. Temos que criar condições para tentar inverter isso, o mais depressa possível. Estamos a ter uma baixa de qualidade nos estoques básicos dos frutos do mar. Não haver atum, não haver sardinhas, isso já destroi todo o sistema”, afirmou.
As ações da declaração devem entrar em vigor entre este ano e 2016.
Entre as medidas aplicadas pelos países deve constar o uso sustentável de nutrientes para melhorar a eficiência de fertilizantes como o nitrogénio ou o fósforo.
Apresentação: Joyce de Pina.