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Investimento Direto Estrangeiro em alta em todos os setores da economia apesar da crise

Investimento Direto Estrangeiro em alta em todos os setores da economia apesar da crise

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento publica relatório onde dá conta de um crescimento de 17 por cento; US$ 1,5 mil biliões foi quanto os investidores apostaram em 2011, ultrapassando a média registada no período pré-crise. África registou quedas “muito ligeiras”, Brasil lidera região da América Latina e Caraíbas.

[caption id="attachment_210557" align="alignleft" width="350" caption="Foto: World Bank"]

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Os últimos dados sobre as Tendências do Investimento Global apontam para progressos em 2012, apesar dos riscos que a fragilidade da economia representa.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, publicou nesta terça-feira o relatório preliminar sobre investimento direto estrangeiro a nível global em 2011, e as conclusões são animadoras. No ano passado, o índice cresceu 17 por cento.

África

A tendência de investir em África desceu ligeiramente quando comparada com 2009 e 2010, mas a África Ocidental e o sul do continente experimentaram crescimentos “robustos” durante o ano passado.

Apesar da crise, os investidores injectaram US$ 1,5 mil biliões, uma aposta que chegou a todos os setores. As economias desenvolvidas, em desenvolvimento e em transição, todas receberam a sua quota.

Sem Crise

A oitava edição do relatório da Unctad apresenta as tendências do investimento direto estrangeiro, mas os resultados concretos e detalhados, com análise para o ano 2012, vão ser apresentados num outro documento, a publicar em Julho, intitulado Relatório sobre Investimento Mundial.

Os países com economias em desenvolvimento ou em transição foram receptores de metade do investimento direto estrangeiro no ano passado. A região que mais recebeu foi a América Latina, com 35 por cento, e o continente africano, com 31 por cento.

Brasil

O índice para a América Latina e Caraíbas representa US$ 216 mil milhões, sendo que a maior parte do investimento tenha sido feito no Brasil, Colômbia e centros financeiros “offshore”. Os investidores continuam atraídos pelos recursos naturais da América Latina e seus mercados em expansão. E o mercado brasileiro, devido à localização estratégica, serve de íman para outros mercados como Argentina, Chile, Colômbia ou Perú.

A Unctad estima que 2012 o investimento direto estrangeiro chegue aos US$ 1,6 mil biliões. O recorde continua a ser 2007, ano em que o investimento atingiu os US$ 2 mil biliões.