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Migração sul-americana para Espanha aumentou 400% entre 1990 e 2000 BR

Migração sul-americana para Espanha aumentou 400% entre 1990 e 2000

Dados são do relatório “Cadernos Migratórios”, divulgado pela Organização Internacional para Migrações, nesta sexta-feira, em Buenos Aires.

[caption id="attachment_210374" align="alignleft" width="350" caption="Estudo traz dados sobre fluxo migratório na Espanha"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que o número de migrantes sul-americanos que chegaram à Espanha, entre 1990 e 2000, subiu 400%.

Os dados fazem parte do relatório “Cadernos Migratórios”, publicado nesta sexta-feira, em Buenos Aires.

Principal Destino

O documento também analisa como a chegada dos sul-americanos mudou alguns aspectos da vida na Espanha. O país se tornou o principal destino para migrantes da África, do leste da Europa e da América Latina como um todo.

Segundo a OIM, na última década do século passado, chegaram à Espanha cerca de 500 mil migrantes por ano, num total de 5 milhões de pessoas até 2000.

Entre os países que mandaram migrantes estão Equador, Colômbia, Argentina e Brasil. O estudo também revela que os Estados Unidos sempre foram um destino tradicional para latino-americanos, mas com o aumento do controle migratório após 11 de setembro de 2001, a Espanha passou a receber mais interesse dos migrantes.

Mesma Língua

Outros fatores que levaram a mais chegada de sul-americanos foram as facilidades para a concessão de vistos, e as afinidades culturais, religiosas e históricas, além de falarem a mesma língua.

O estudo da OIM também lembra que a presença dos migrantes é útil à Espanha, uma vez que a população do país está envelhecendo e a taxa de natalidade caindo.

A partir de 2008, no entanto, as autoridades espanholas promoveram mais controle sobre a entrada de migrantes por causa da crise econômica mundial. No mesmo ano, uma diretriz da União Europeia determinou que migrantes sem documentos poderiam ser presos, incluindo menores desacompanhados, por até 18 meses, enquanto aguardavam a deportação.