A “Casa da Esperança” abriga até 25 mulheres libertas das prisões; segundo agência, até janeiro passado, o Afeganistão tinha 600 detidas, quase metade delas eram menores.
[caption id="attachment_210139" align="alignleft" width="350" caption="Após prisão, muitas não têm para onde ir "]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, está apoiando um projeto para reintegrar prisioneiras afegãs à sociedade.
Segundo a agência, quando são libertadas da prisão, geralmente, as mulheres afegãs não têm aonde ir. Muitas delas, mães de crianças pequenas, acabam sendo rejeitadas pela sociedade e pela própria família.
Crianças
Até janeiro passado, havia 600 mulheres presas no Afeganistão, 280 eram menores.
A parceria do Unodc com o governo afegão está sendo feita na cidade de Mazar-i-Sharif e na capital do país, Cabul. O projeto organizou a “Casa da Esperança” que abriga até 25 prisioneiras e crianças.
Ao chegar às casas, as mulheres aprendem a ler, escrever e a fazer contas. Elas também recebem dicas para administrar o dinheiro e direitos das mulheres no islamismo, de acordo com a lei afegã.
Reuniões Familiares
Os centros também organizam reuniões familiares, ensinam cuidados básicos com a saúde e oferecem tratamento para mulheres viciadas em drogas.
Entre as parcerias firmadas com o projeto está o treinamento em confecção de joias, que aproveita o design da Global Goods Partners, de Nova York.
O sistema penitenciário no Afeganistão ainda enfrenta muitas carências após duas décadas de conflitos armados. O Unodc está atuando com o governo afegão para reformar o setor.