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Milhares de pessoas deram o último adeus ao presidente da Guiné-Bissau

Milhares de pessoas deram o último adeus ao presidente da Guiné-Bissau

Malam Bacai Sanhá foi enterrado domingo, em meio de funeral de Estado acompanhado por milhares de pessoas. O “homem da reconciliação e reformas” na Guiné mobilizou grande parte da nação; comunidade internacional concentra-se na ajuda a dar ao país africano de língua portuguesa para organizar eleições.

Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A capital da Guiné-Bissau centrou as atenções do país no domingo, com milhares de pessoas a acompanharem a procissão fúnebre do presidente da república, Malam Bacai Sanhá, falecido em Paris na passada segunda-feira, aos 64 anos.

A cerimónia começou na Assembleia Nacional, para onde o corpo foi levado desde a chegada de Paris. O chefe de estado morreu após doença prolongada.

Cerimónia Fúnebre

No funeral, 21 salvas recordaram o homem que muitos guineenses respeitavam pelo espírito de reconciliação e reformas em prol do país, como disse à Rádio ONU, de Bissau,Vladimir Monteiro, porta-voz do escritório da ONU no país:

"Foi um funeral bastante comovido, a homenagem já tinha começado no sábado com a chegada dos restos mortais, com milhares de populares a acompanharem o corpo desde o aeroporto até ao centro da cidade, cerca de oito quilómetros debaixo do sol. Houve uma sucessão de pessoas a saudarem a memória de um presidente que tinha como lema a reconciliação e a condução das reformas, das principais reformas.”

Futuro

O presidente da Assembleia Nacional assume, de forma interina, a presidência da Guiné-Bissau até a realização de eleições.

Entretanto, a comunidade internacional envida esforços para garantir que o país vai ter condições financeiras para organizar o escrutínio, como também disse à Rádio ONU, de Bissau, Vladimir Monteiro:

“A imprensa noticiou a vontade dos Estados Unidos trabalharem com a Guiné-Bissau, da União Europeia, das Nações Unidas. Tem havido esse trabalho em conjunto para que a questão das eleições, pelo menos a organização financeira seja superada. Sabemos que as eleições têm um determinado custo e o país não tem meios para financiá-las sozinho.”

O presidente do Senegal e o homólogo de Cabo Verde foram os chefes de Estados vizinhos presentes. Os primeiros-ministros do Níger, Guiné-Conacri e São Tomé e Príncipe também assistiram ao funeral.

Bacai Sanhã foi eleito em 2009.