Perspectiva Global Reportagens Humanas

Haiti lembra dois anos do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas BR

Haiti lembra dois anos do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas

Missão da ONU no país, Minustah, está realizando série de eventos em homenagem às vítimas incluindo vários militares e civis brasileiros, entre eles o ex-vice-chefe civil da Minustah, Luiz Carlos da Costa, e a médica Zilda Arns.

[caption id="attachment_209968" align="alignleft" width="350" caption="500 mil ainda em acampamentos"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Missão das Nações Unidas no Haiti, Minustah, está participando, nesta quinta-feira, de uma série de eventos no país em memória das vítimas do terremoto de 12 de janeiro de 2010.

Mais de 200 mil pessoas morreram no sismo que deixou ainda 1,5 milhão de haitianos vivendo em acampamentos temporários.

Coroa de Flores

Entre as vítimas fatais estavam vários brasileiros que trabalhavam na Minustah incluindo o ex-vice-chefe civil da missão, Luiz Carlos da Costa.

O comandante da Minustah, general Luiz Ramos, falou à Rádio ONU, de Porto Príncipe, sobre a homenagem.

“Nós vamos ter uma cerimônia no quartel-general aqui aonde vão todos os representantes dos países. Nós colocaremos flores no monumento aqui existente. Serão lidos os nomes daqueles que pereceram inclusive o próprio representante especial do Secretário-Geral na época, Hédi Annabi. E será feita também uma parte religiosa. E, de uma maneira bem simples, mas bem profunda, todos nós iremos lembrar aqueles que aqui estavam e que deram a suas vidas para que este país tivesse paz.”

Acampamentos

De acordo com as Nações Unidas, dois anos depois, mais de 1 milhão de desabrigados voltaram à casa, mas 500 mil pessoas ainda continuam nos acampamentos. O Unicef ajudou a construir 193 escolas resistentes a terremotos. Cerca de 750 mil crianças voltaram a estudar após perder um ano letivo por inteiro.

Muitos condenados pela justiça que cumpriam pena em prisões haitianas aproveitaram o terremoto para fugir da cadeia. Nos últimos dois anos, a polícia haitiana colaborou com as forças de segurança da ONU para prender vários fugitivos.

A ONU também ajudou o Haiti a reconstruir presídios, fazer treinamento de policiais e a fortalecer o Estado de direito no país.

Apesar de parte da infraestrutura ainda mostrar os sinais da tragédia, centenas de quilômetros de rodovias foram reconstruídos. Segundo o governo, neste período o Produto Interno Bruto, PIB, cresceu 6,1%