ONU apela para fim da violência no estado de Jonglei no Sudão do Sul
Chefe da missão das Nações Unidas no país visita região afetada pela violência; há mais de um ano que comunidades étnicas estão em confrontos.
Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas voltaram a apelar ao fim da violência no estado do Jonglei, no Sudão do Sul.
A chefe da missão da ONU no país, Hilde F. Johnson, visitou uma das cidades mais afetadas, Pibor, acompanhada por diplomatas dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido.
Esforço
À imprensa, Johnson indicou que a violência étnica tem de acabar e que o governo local, apesar do esforço que tem feito, deve tentar resolver a questão pela raiz. A responsável sugeriu que os líderes religiosos, grupos da sociedade civil e as comunidades desavindas sejam chamados para a procura de uma solução.
A Missão das Nações Unidas estabeleceu um hospital de campanha na cidade de Pibor para tratar dos deslocados internos que começaram a regressar a casa. Muitos estão feridos, malnutridos e doentes depois de semanas escondidos no mato.
A ONU estima que pelo menos 60 mil pessoas tenham fugido das suas casas e aldeias quando a violência voltou a eclodir entre as comunidades Lou Nuer e Murle, em meados de dezembro, por causa do acesso à água e ao pasto. Os esforços das Nações Unidas concentram-se em dar assistência médica, alimentar e logística aos deslocados.
Zonas Tampão
Os capacetes azuis e as forças do governo controlam e patrulham as regiões afetadas para evitar o regresso da violência, criando “zonas tampão” para controlar a tensão existente entre membros das duas comunidades.
No entanto, a ONU sublinha que o governo do Sudão do Sul tem a responsabilidade soberana de lidar com a crise.