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Sindicato de funcionários quer que ONU reforce segurança em 2012 BR

Sindicato de funcionários quer que ONU reforce segurança em 2012

No ano passado, 35 trabalhadores da organização morreram, 20 a mais que em 2012; presidente do sindicato diz que empregados das Nações Unidas “se tornaram alvos primários” de ataques terroristas e rebeldes ao redor do mundo.

[caption id="attachment_209670" align="alignleft" width="350" caption="Soldado da ONU no Líbano"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Os trabalhadores da ONU se tornaram alvos primários de ataques terroristas e de rebeldes em todo o mundo. A declaração foi feita, num comunicado à imprensa, pelo Sindicato de Funcionários da casa durante um tributo aos colegas mortos em 2011.

De acordo com o Sindicato, 35 empregados de carreira perderam a vida, em serviço, no ano passado. Deste total, 25 eram civis, nove boinas-azuis e um oficial militar. Além disso, foram mortos ainda quatro guardas de segurança contratados pelas Nações Unidas.

Fatores

O número representa 20 pessoas a mais que em 2010, quando 15 funcionários da ONU morreram. A presidente do Sindicato, Bárbara Távora-Jainchill disse que é hora de “dar um basta.” Ela afirmou que as condições de segurança nos prédios da organização “têm que ser levadas mais a sério.”

Nesta entrevista à Rádio ONU, de Nova York, Bárbara Távora-Jainchill, disse que, por estar mais perto das pessoas a quem serve, a ONU se torna mais vulnerável aos ataques.

Proteção

“As embaixadas de países desenvolvidos são tão seguras hoje em dia, que as pessoas que querem causar dano, procuram alvos mais fáceis. E, infelizmente, a ONU é um alvo fácil porque a maneira como a organização se vê, é aberta para as pessoas. No caso específico de Abuja, o carro-bomba estudou o edifício, onde funcionava a Casa da ONU (com várias agências reunidas) e foi exatamente para o local, onde não havia proteção.”

O ataque em Abuja, capital da Nigéria, ocorreu em 26 de agosto matando 13 funcionários. Centenas de pessoas estavam no local na hora do atentado

Para a presidente do Sindicato, “os fundos destinados à segurança do pessoal devem ser independentes e alocados sem levar em consideração fatores econômicos ou políticos.”

Os três piores atentados contra funcionários da ONU, no ano passado, ocorreram no Afeganistão e na Nigéria. As Nações Unidas têm uma presença grande nos dois países.