Exilados iranianos no Iraque serão protegidos pelo Acnur, após acordo
Cerca de 3,4 mil pessoas temem pela própria vida por terem ajudado ex-presidente Saddam Hussein a combater líderes religiosos do Irã.
[caption id="attachment_207936" align="alignleft" width="350" caption="António Guterres "]
Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova York.*
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, informou ter fechado um acordo com o governo do Iraque para a ajudar a proteger 3,4 mil iranianos que vivem no país.
O grupo residia, até então, no acampamento de Ashraf. Em comunicado, nesta terça-feira, o alto comissário da ONU, iranianos António Guterres disse que está “muito satisfeito” com a medida que possibilitará o deslocamento voluntário dos exilados para um acampamento gerenciado pelo Acnur.
Saddam Hussein
Os exilados chegaram ao Iraque ainda nos anos 80. Eles ajudaram o ex-presidente iraquiano, Saddam Hussein, a combater vários mulás, como são chamados os líderes das mesquitas iranianas. Por isso, temem represálias e ameaças de morte.
Ao perder a nacionalidade iraniana, eles se tornaram apátridas. Mas com o novo acordo, o Acnur informou que irá pedir que os exilados recebam nacionalidade de outros países.
A maioria do grupo pertencem ao movimento Mujahideen Khalq também conhecido como MEK.
*Apresentação: Eduardo Costa Mendonça.