Pillay: sentença de ativista prejudica direitos humanos na China
Alta comissária da ONU afirmou que está “profundamente preocupada” com veredicto de nove anos de prisão a Chen Wei.
[caption id="attachment_209291" align="alignleft" width="350" caption="Navi Pillay"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas criticou a sentença de nove anos de prisão decretada contra o ativista Chen Wei.
Em comunicado, a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou estar “profundamente preocupada” com o veredicto, divulgado na sexta-feira.
Partido Único
Para Pillay, a sentença representa “mais um golpe sério à proteção e promoção dos direitos humanos na China.”
De acordo com agências de notícias, Chen Wei foi condenado por “incitar a subversão do poder do Estado.” O ativista publicou vários artigos pedindo liberdade de expressão e a reforma do sistema chinês, que é baseado num partido único.
A alta comissária da ONU lembrou que o caso ocorre apenas uma semana após a sentença de prisão de três anos para o advogado chinês Gao Zhinseng.
Direito
Chen Wei é um dos líderes do Movimento Democracia de 1989, que participou do protesto da Paz Celestial, no qual morreram várias pessoas.
O ativista já havia cumprido mais de cinco anos na prisão. No julgamento de sexta-feira, que teria durado apenas algumas horas, ele se declarou inocente e disse que estava apenas exercendo seu direito de liberdade de opinião, que é garantido pela Constituição chinesa.
A alta comissária da ONU, Navi Pillay, disse que a sentença é “extremamente severa”. Ela pediu às autoridades chinesas que liberem todas as pessoas detidas por exercer, de forma pacífica, o seu direito de expressão.
Ainda de acordo com agências de notícias, Chen Wei disse que “a democracia irá prevalecer” na China.