Dois dos “organizadores” do genocídio em 1994 foram condenados pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, da ONU; crimes de guerra no país provocaram a morte a pelo menos 800 mil pessoas em 100 dias.
[caption id="attachment_209191" align="alignleft" width="350" caption="Tribunal Penal Internacional para o Ruanda"]
Joyce de Pina, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, Tpir, das Nações Unidas,condenou nesta quarta-feira a prisão perpétua dois líderes hutus acusados de publicamente e de forma directa incitarem ao genocídio e ao extermínio, violação e abuso sexual, e homicídio sobretudo de membros da minoria tutsi, no Ruanda, além de membros hutus considerados “moderados”.
Campanha criminosa
Édouard Karemera e Matthieu Ngirumpatse eram líderes do partido o Movimento Republicano Nacional pela Democracia e Desenvolvimento, no poder no Ruanda na altura do genocídio.
Os três juízes do tribunal condenaram por unanimidade os dois homens e afirmaram que ambos participaram na concertação de uma “campanha criminosa” para exterminar a minoria tutsi.