Este é o país com maior crise humanitária em todo o mundo, onde os problemas de alimentação se juntam ao conflito armado, terrorismo e pirataria.
[caption id="attachment_208875" align="alignleft" width="350" caption="Desafios na Somália são tema de conferência"]
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
O Conselho de Segurança da ONU felicitou, na terça-feira, a visita da semana passada do Secretário-Geral à Somália, apontando a necessidade de uma estratégia para enfrentar com esforços conjuntos os desafios políticos, humanitários e de segurança no país.
No mesmo dia, as agências da ONU e parceiros humanitários no terreno, pediram US$ 1,5 mil milhão de fundos para continuar a prestar assistência no à Somália.
Estima-se que 4 milhões de somalis carecem de ajuda para as necessidades mais básicas como comida, água, abrigos e serviços de saúde.
Resposta internacional
Depois das palavras de Ban Ki-moon, o Conselho apontou em comunicado o terrorismo, a pirataria e tomada de reféns como algumas das consequências dos problemas na Somália.
Os membros do órgão reiteraram o seu apoio total aos esforços de Ban, do seu representante especial Augustine P. Mahiga, da Missão da União Africana, UA, no terreno, a Amisom, e de outros parceiros regionais na tentativa de enfrentar esses desafios somalis.
Desafios que vão ser tema de discussão numa conferência sobre a Somália, que decorrerá, na próxima semana, em Londres.
O órgão da ONU pediu uma implementação rápida das diretivas de tarefas e prioridades a ser cumpridas pelas Instituições da Transição Federal na Somália, antes que o acordo de transição termine em agosto de 2012. Um prazo que pode ser respeitado com ajuda internacional, como reconheceu o Conselho.
Crise alimentar
Os trabalhadores que foram privados pelos rebeldes do grupo Al Shabaab a aceder às vítimas somalis desta crise, também foram elogiados.
Ao mesmo tempo, o Conselho de Segurança pediu aos países membros para contribuir na questão somali e a todos os partidos e grupos armadas para garantir acesso completo, seguro e sem obstáculos aos agentes humanitários.
Ban referiu também ao Conselho que a retirada dos rebeldes da capital somali, Mogadíscio e o abandono de outras áreas sob pressão das dormas armadas nacionais apoiadas pelas tropas quenianas e etíopes apresenta uma oportunidade para a comunidade internacional ajudar a estabilizar o país.