Desemprego entre refugiados palestinos aumentou na Cisjordânia
Relatório da Unrwa indica que o índice cresceu 0,9% na comparação entre o primeiro semestre de 2010 e de 2011.
Daniela Kresch, da Rádio ONU em Tel Aviv.
De acordo com um novo relatório da Agência das Nações Unidas para Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, o desemprego entre os refugiados aumentou na Cisjordânia, na primeira metade deste ano.
A taxa foi de 0,9%, apesar do aparente crescimento registrado na economia da região nos primeiros seis meses de 2011.
Novos Postos
O percentual significa que mais de 50 mil refugiados palestinos estavam desempregados no começo deste ano.
O desemprego total na Cisjordânia caiu 0,5% e ficou em 27,4%, mas o dos refugiados ficou cinco pontos percentuais mais alto.
A queda aconteceu porque o número de novos postos de trabalho na Cisjordânia não acompanhou o crescimento da população economicamente ativa. Mais de 25 mil novas posições foram abertas, mas não o suficiente para diminuir significativamente os índices de desemprego.
Fora isso, o número de empregos em ONGs ou agências da ONU caiu 26%: quase 15 mil postos de trabalho – em geral ocupados por refugiados – foram fechados.
Salário Mensal
Ainda segundo o relatório, o salário médio mensal caiu 3,4% para os refugiados na comparação com a primeira metade de 2010 e ficou em US$ 565 (equivalente a pouco mais de R$ 1 mil), 15% a menos do que a média dos outros trabalhadores palestinos.
O número de refugiados entre a população economicamente ativa palestina foi estimado em 450 mil pessoas no primeiro semestre de 2011.
Segundo Chris Gunness, porta-voz da Unrwa nos territórios palestinos, os números mostram que “os refugiados continuam a absover o que ele chamou de ‘pancada principal’ das dificuldades econômicas vividas pela Cisjordânia”.
Para ele, isso significa que a necessidade de uma maior rede de serviços emergenciais para refugiados “é maior do que nunca”.