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Eleições legislativas na Côte d’Ivoire decorrem sob calma e clima positivo

Eleições legislativas na Côte d’Ivoire decorrem sob calma e clima positivo

Depois do fim da crise pós-eleitoral das presidenciais 2010, os costa-marfinenses foram às urnas para o escrutínio das legislativas.

[caption id="attachment_208730" align="alignleft" width="350" caption="Bert Koenders visita locais de votação"]

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

A votação para as eleições legislativas na Côte d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, decorreu no domingo, debaixo de um “clima positivo e calmo”, de acordo com o enviado da ONU ao terreno, que visitou as mesas de voto de Abidjan.

Estas foram as primeiras eleições legislativas livres desde 2000. De acordo com jornalistas, a afluência às mesas de voto foi fraca. E previa-se a vitória de uma maioria de assentos parlamentares para a coligação do presidente atual, Alassane Ouattara. Enquanto que o partido do presidente deposto, a Frente Patriótica Marfinense, decidiu boicotar.

Mesas de voto

O representante especial do Secretário-Geral para a Côte d’Ivoire, Bert Koenders, visitou no início da manhã de domingo, vários bairros, acompanhado de corpo diplomático e representantes das instituições regionais e sub-regionais.

Segundo comunicado da missão de paz da ONU no país, Onuci, pelo caminho o representante conversou com eleitores e membros das assembleias de voto, assim como candidatos.

Foi mobilizada pela ONU para o país uma equipa de 600 pessoas para monitorizar as eleições.

Koenders referiu que estava impressionado com o trabalho da Comissão Eleitoral Independente e com a presença discreta das forças de Segurança.

Inclusão partidária

Perante a questão da inclusão partidária no escrutínio, o representante respondeu que existiam vários candidatos de diferentes partidos e também candidatos independentes.

As eleições tiveram lugar um ano depois de Alassane Ouattara, ter disputado as presidenciais com Laurent Gbagbo, o presidente cessante. Uma disputa eleitoral que foi pautada por meses de violência depois de Gbagbo recusar abandonar o poder.

Gbagbo que é suspeito de ser coautor indireto de crimes de guerra e contra a Humanidade, encontra-se neste momento detido em Haia. Aguarda julgamento pelo Tribunal Penal Internacional, estando a primeira audiência agendada para junho de 2012.