Moçambique entre os 14 países prioritários de Quadro de Ação sobre circuncisão masculina voluntária
Ação dirige-se a 14 países prioritários naquela região africana; o tipo de intervenção oferece proteção a longo prazo contra VIH e com custos benefícios.
[caption id="attachment_208444" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Onusida"]
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
O Programa Conjunto da ONU sobre VIH/Sida, Onusida e o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos contra a Sida, lançaram nesta segunda-feira um quadro de ação para acelerar a ampliação das circuncisões masculinas médicas voluntárias e assim fazer prevenção do vírus.
Apresentado durante a décima sexta Conferência Internacional sobre Sida e Infeções Transmitidas Sexualmente em África, Icasa, o plano terá a duração de cinco anos e visa a expansão dos serviços destinados de circuncisão voluntária a 14 países prioritários da África Oriental e Austral, entre os quais Moçambique.
Plano de ação
Além do Onusida e do Plano de Emergência, o programa também foi desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde, OMS, a Fundação Bill & Melinda Gates e o Banco Mundial, depois de consulta dos ministros nacionais da Saúde.
De acordo com o diretor-executivo do Onusida, Michel Sidibé, “a circuncisão masculina médica voluntária é uma ferramenta de prevenção de grande impacto e de baixo custo que pode ajudar a alcançar o objetivo de uma geração livre de VIH”.
“Cada infeção de VIH evitada significa dinheiro no banco e espaço fiscal para o futuro”, segundo Sidibé.
Evidências
As evidências apontam que quando as circuncisões masculinas são feitas por profissionais bem formados, existe uma redução em cerca de 60% do risco de transmissão sexual do vírus da mulher para o homem.
O quadro de ação prevê que 80% de cobertura de circuncisão masculina de adultos nos 14 países prioritários, pode permitir efetuar cerca de 20 milhões de circuncisões em homens entre os 15 e os 49 anos até 2015. Deste modo, seriam evitadas cerca de 3,4 milhões de novas infeções até 2025.
A OMS, o Onusida e o Plano de Emergência fizeram também outras recomendações de prevenção do vírus como, por exemplo, o uso correto e consistente de preservativos masculinos e femininos ou o fornecimento de terapia antiretroviral a seropositivos na lista de espera para o tratamento.