Relatores da ONU ‘alarmados’ com violência no Egito antes de eleições
Segundo agências de notícias, 20 pessoas morreram e mais de 1,7 mil ficaram feridas em novos protestos contra os militares que governam o país.
[caption id="attachment_206117" align="alignleft" width="350" caption="Protestos eclodiram no fim de semana"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um grupo de relatores independentes das Nações Unidas emitiu um comunicado, nesta segunda-feira, se dizendo “alarmados” com o grau de violência e o que eles chamaram de “piora” das liberdades de reunião no país árabe.
Os protestos contra a Junta Militar que governa o Egito desde a saída do presidente Hosni Mubarak, no início do ano, eclodiram neste fim de semana. Poucos dias antes das eleições parlamentares, marcadas para a próxima segunda-feira.
Diálogo Genuíno
Segundo agências de notícias, pelo menos 20 pessoas morreram nos protestos e mais de 1,7 mil ficaram feridas.
O relator especial para os direitos da liberdade de reunião pacífica e associação, Maina Kiai, disse que que está “profundamente preocupado com relatos sobre mortes de manifestantes.”
Ele pediu às autoridades do Egito que acabem com o uso da violência e que promovam um diálogo genuíno com todos os grupos da sociedade.”
Já o relator sobre execuções sumárias, Christof Heyns, disse que o uso da força letal não pode ser uma opção para o controle de protestos.
O especialista em liberdade de opinião, Frank La Rue, afirmou que é importante que o Egito, que está experimentando um novo capítulo em reformas democráticas, permita várias visões e opiniões incluindo a crítica a autoridades.