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ONU quer mais mulheres em posições de alto escalão na organização

ONU quer mais mulheres em posições de alto escalão na organização

Vice-secretária-geral pede paridade de sexos e maior número de mulheres a chegar a posições de topo; desde que Ban Ki-moon ocupou cargo de Secretário-Geral houve uma mudança, mas ainda insuficiente.

[caption id="attachment_207794" align="alignleft" width="350" caption="Asha-Rose Migiro"]

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

A vice-secretária-geral da ONU, Asha-Rose Migiro, pediu um esforço maior para o aumento do número de mulheres nas posições seniores da organização.

Migiro referiu que a maioria dessas mulheres permanecem nos postos inferiores, embora cada vez mais elas estejam a ser recrutadas para cargo de gestão.

Dobro

Desde que o Secretário-Geral Ban Ki-moon assumiu o cargo em 2007, quase dobrou o número de mulher no ou acima do nível de Assistente do Secretário-Geral, incluindo as Representantes Especiais, que passaram de 21 a 38 em Setembro deste ano. Dados fornecidos por Migiro, durante reunião no Grupo de Igualdades de Direitos para Mulheres na ONU, na semana passada.

Para o mesmo período, o número de mulheres ao nível de Secretário-geral Adjunto aumentou de oito para 19, acrescentou Migiro.

Paridade

No entanto, a vice Secretária-Geral refere que o aumento, nas categorias profissionais ou superiores, foi de uma média geral de apenas 0,8 % em cada um dos últimos três anos.

Um ritmo que faz Migiro dizer que “a paridade de géneros não vai realizar-se em meses nem anos, mas em décadas’’.

Há progresso nos níveis de postos de juniores. O sexo feminino representa mais de metade de todos os cargos iniciais da carreira profissional. Algo, que Migiro vê como “trazer mais mulheres para postos inferiores não se traduz em mais mulheres no topo’’.

Para resolver a questão, Migiro sugere que se ouça as mulheres que deixaram a Organização antes de atingir posições de liderança. Uma paridade que diz já existir cada vez mais nas empresas particulares.