Perspectiva Global Reportagens Humanas

Dia Mundial das Casas-de-Banho 2011: “Falta de investimento no saneamento’’

Dia Mundial das Casas-de-Banho 2011: “Falta de investimento no saneamento’’

Relatora especial da ONU pede maior investimento no saneamento básico; segundo ela, gasta-se mais em consumo de água engarrafada nos países desenvolvidos que o valor necessário para financiar o setor no mundo.

[caption id="attachment_207791" align="alignleft" width="350" caption="Falta de saneamento básico"]

Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.

A especialista da ONU para os direitos humanos à água potável e saneamento, Catarina de Albuquerque sublinha a importância do investimento no saneamento básico, na data em que se comemora o Dia Mundial das Casas-de-Banho, dia 19 de Novembro.

Catarina Albuquerque pediu aos Estados que consagrem mais recursos ao saneamento básico, que usem os existentes de modo efetivo e que reconheçam a necessidade de um acesso adequado às casas-de-banho como um direito humano com implicações importantes para o exercício de outros direitos fundamentais.

Falta de saneamento

‘A falta de saneamento repercute-se na perda de milhões de dias de escola e de trabalho, assim como em custos enormes de saúde’, segundo a especialista.

Este é um setor que necessita de investimento, tanto nos países em desenvolvimento, como nos desenvolvidos.

Segundo a Relatora, “por cada dólar gasto no setor sanitário, há um retorno médio de US$ 9 em custos evitados e um ganho de produtividade”.

Financiamento

No relatório recente apresentado à Assembleia Geral da ONU, ‘’Financiar a Realização dos Direitos da Agua e Saneamento’’, Catarina de Albuquerque referiu essa necessidade de aumento e restruturação do financiamento no setor para responder às necessidades dos direitos humanos.

De acordo com um estudo de 2006, realizado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, o acesso universal ao saneamento básico até 2015 requer um valor anual de US$ 14,5 mil milhões. Um valor que a especialista aponta como sendo inferior ao que é gasto anualmente nos países ricos para o consumo de água engarrafada.